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A MORTE ESTÁ NO INTESTINO

Atualizado: 13 de nov.

A morte natural vem do intestino. O órgão de até 7,6 metros de comprimento e área de 250 metros quadrados tem papel central na saúde e na origem de inúmeras doenças.


Considerado o segundo cérebro, é formado por uma rede de bilhões de neurônios capazes de agir de forma independente. Significa que ele pode tomar decisões sem passar pelo aval do cérebro central. Portanto tem autonomia para bloquear e liberar neurotransmissores como a serotonina, responsável pelo bem estar do organismo.


Cerca de 90% da serotonina é produzida no intestino. Ele também abriga mais de 70% das células do sistema imunológico. Em desequilíbrio, abre espaço para vários distúrbios físicos, emocionais e neurológicos como Alzheimer, Parkinson, doenças autoimunes dentre outras. A síndrome do intestino irritável, por exemplo, está relacionada a problemas emocionais e distúrbios mentais.


Quando há desequilíbrio na microbiota (disbiose intestinal) o corpo fica vulnerável a doenças autoimunes, alergias, viroses, diabetes, obesidade, doenças cardíacas e até câncer. A maioria das doenças crônicas é causada pela putrefação dos alimentos no intestino.  A longo prazo, uma dieta processada, pobre em fibras naturais, pode aumentar o risco de infecções, diverticulite, cancer colorretal e contribuir para diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.


Essa é uma prova irrefutável de que o intestino foi feito para se alimentar de natureza. “Alimentos” produzidos em máquinas e em processadores não são reconhecidos por esse órgão que se mantém, milhares de anos depois, obediente à natureza como no tempo dos hominídeos, neandertais, erectus etc.

Arqueólogos, microbiologistas e antropólogos da Universidade de Bolonha, Itália, descobriram recentemente que micróbios encontrados em restos de fezes de fosseis neandertais, na Espanha, continuam povoando as fezes do homo sapiens do século XXI. Mudamos as roupas na modernidade, mas o organismo mantém sua respeitosa conexão ancestral com a natureza. As doenças são resultado do desrespeito a essa conexão.


GUERRA AO INTESTINO


Mais de 90% das doenças modernas começam no intestino, resultado da putrefação de carnes e da presença de laticínios, açúcar, ultra processados, bebidas açucaradas e alcoólicas. O intestino tem neurônios e inteligência própria, toma decisões poupando o centro nervoso de problemas criados pela gula e ignorância dos hospedeiros.


A civilização moderna decretou guerra ao intestino ao transformá-lo em linha da montagem, esteira de fábrica, tonel de lixo. Quanto mais o ataca com suas bombas, mais hospitais são construídos, mais médicos são necessários, mais medicamentos e mais cemitérios são implantados.


A doença e a morte, afinal, dão um lucro danado à indústria. Um velório no Brasil pode custar oito mil reais. Durante a vida, a pessoa comum gasta (ou faz o Estado gastar) mais de 100 mil reais em medicamentos e alguns milhões em internamentos.

Em Portugal, um enterro tradicional pode custar até 40 mil euros. Nos Estados Unidos, um dos mais simples chega a 20 mil reais – em torno de quatro mil dólares. Mas as pessoas podem se precaver pagando o Plano Funerário ou Seguro Funeral. A carência para mortes por doenças é de seis meses. Em caso de suicídio, a carência é de dois anos. Morrer é caro, a conta é indigesta.


O preço médio de um enterro no Brasil é de 3.250 a 4.613, em tese. Na hora do sufoco, poucos irão pechinchar. Cerca de 73% dos brasileiros buscam planos funerários. Desde a privatização dos serviços funerários em São Paulo, os sepultamentos ficaram 11 vezes mais caros. Uma cremação custa entre 2.500 e 7.000. Aluguel e decoração do espaço com flores de plástico 500,00 a 2.000,00 por dia. Lanches no velório 600,00 a 3.000,00.


Um plano família custa cerca de 50,00 mês por pessoa, com serviços hiper básicos e caixão peba.  A população de baixa renda tem direito a gratuidade dos serviços funerários, mas não tem velório e os caixões são lacrados. Para isso, a família precisa provar sua pobreza, renda per capita de meio salário ou familiar de três mínimos, além de estar inscrita no Cadastro Único. A população de rua precisa estar cadastrada no SAC em Situação de Rua, o SisRua, nos últimos 12 meses. Por isso, na hora de comer porcaria e atacar seu intestino, lembre-se que  morrer tem custo salgado para os vivos, nada é de graça, só beijar as criança, coisar com a muié e tomar um café.

O resto paga.

 

 

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